OFIC. TECNOLÓGICAS

 
FICHAMENTO 01


Juvenilto Soares Nascimento


Fichamento do texto: Gestão Escolar e Tecnologias

 VIEIRA, A. TOMAZ. Funções e papéis da tecnologia. Curso Gestão Escolar e Tecnologias. São Paulo, PUC-SP, 2004.


Resumo:
 
            Vieira (2004) começa ponderando que, embora se saiba dos vários benefícios que a tecnologia pode proporcionar na área pedagógica, a questão chave é saber como a tecnologia pode se tornar um grande aliado da equipe de direção e coordenação da escola.

            Em seguida passa a esclarecer a diferença entre dados, informação e conhecimento. Define logo que dados são fatos distintos e objetivos, relativos a eventos. Após tal definição passa a mostrar como isso se dá na prática.

Depois, define informação como uma mensagem que tem por objetivo influir na maneira de interpretar de quem a recebe. O autor esclarece oportunamente que, para os dados se transformarem em informação, são necessárias: contextualização, categorização, cálculo, correção e condensação. Esclarece, ainda, que mesmo os computadores, com sua devida importância, não podem auxiliar no contexto a fim de dar sentido aos dados.

Nesse contexto, o autor deixa claro que conhecimento tem caráter humano, é amplo, e que para existir depende do trabalho da mente, uma vez que essa detém o acúmulo de experiências, valores, informações contextualizadas, insights... As formas pelas quais as informações se tornam conhecimento são classificadas em: comparação, consequências, conexões e conversação.

Logo em seguida o autor aponta para como criar condições para que determinado conhecimento possa ser acessado. Afirma que todo projeto para a criação de um ambiente informatizado com a finalidade de gerenciar dados e informações a fim de melhorar o conhecimento sobre os processos da escola requer alguns cuidados. Enumera então:

- Começar pela organização das informações dadas como mais relevantes.

- Iniciar com um projeto-piloto limitado a um aspecto determinado.

- Trabalhar ao mesmo tempo em múltiplas frentes.

- Aplicar logo as soluções que corrijam pontos problemáticos, assim que percebidos.

- Conquistar logo o envolvimento de toda a organização.

O autor mostra ainda a necessidade de momentos onde ocorram as trocas de informação. Para isso, aponta até a responsabilidade do gestor em planejar a existência de momentos propícios a isso, entre professores e funcionários da comunidade escolar.



Citações principais do texto:

“Mas o grande problema em foco da gestão escolar é saber como a tecnologia pode ser um grande aliado da equipe de direção e coordenação da escola.” (VIEIRA, 2004, p. 01)

“A confusão entre dado, informação e conhecimento gera enormes gastos de tempo e dinheiro em projetos que nem sempre são adequados para uma certa instituição” (VIEIRA, 2004, p. 01)

“... para ser considerada informação a mensagem precisa ser aceita pelo receptor...” (VIEIRA, 2004, p. 02)

“Computadores podem ser grandes aliados dos gestores na transformação de dados em informações. No entanto, raramente podem ajuda-los no que se refere ao contexto que permite dar um sentido aos dados...” (VIEIRA, 2004, p. 04)

“Assim, para serem gerados novos conhecimentos faz-se necessário realizar ações sobre as informações disponíveis em um dado momento e contexto” (VIEIRA, 2004, p. 04)

“A criação de ambientes informatizados na organização para apoio à gestão do conhecimento deverá considerar os processos pelos quais são feitas as trocas de informação e a cultura de colaboração existente” (VIEIRA, 2004, p. 06)

“(...) Tudo isso aponta para a necessidade de clareza e coesão da equipe sobre os objetivos pretendidos pela organização. (VIEIRA, 2004, p. 08)


 
Comentários:

           O texto apresenta uma boa reflexão sobre como se pode construir uma gestão das tecnologias de informação no ambiente escolar. Apresenta fundamentos importantes para a compreensão dos passos a serem adotados, bem como das avaliações do processo.

As fases apresentados no texto para a implementação eficaz de sistemas nas escolas refletem bem os passos que podem e devem ser observados em todas as esferas das políticas de educação. Ressalta-se que, constantemente, os projetos educacionais queimam as fases um (1) e dois (2), chegando à fase final com o pressuposto de que o novo sistema aplicado está de acordo com a instituição, que todos os professores o aceitam bem e que também dominam o tal sistema.



Questionamentos:

          Por que o governo federal brasileiro, primando pela funcionalidade, não estabelece como protocolo fundamental, para a implementação de sistemas e projetos na área educacional, as três fases apresentadas pelo autor (ou algo similar): Criação do contexto, Desenho de um sistema e Instalação e uso do sistema?






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FICHAMENTO 02
 
  

Juvenilto Soares Nascimento




Fichamento do texto: Gestão de Tecnologias na Escola

 ALMEIDA, M. Curso de Tecnologias na Escola. Série “Tecnologia e Educação: Novos tempos, outros rumos” – Programa Salto para o Futuro, Setembro, 2002.

 Resumo:
 
O texto aborda os aspectos gerais da necessidade do uso das tecnologias de informação e comunicação. Revela, também, a necessidade da formação dos profissionais: não apenas dos professores, mas também dos gestores. Em seguida, deixa claro que toda a comunidade escolar deve adotar a implementação das TIC, para que funcionem adequadamente.
Na parte final do texto, Almeida (2002) relata a experiência do Programa Nacional de Educação à Distância. Aproveitam ainda para esclarecer que a tecnologia não é o foco, mas a construção colaborativa de aprendizagem.

 Citações principais do texto:
 
“Segundo o Prof. Antônio Nóvoa: Temos que esquecer o futuro para poder ter o futuro, ou seja, não adianta preparar os alunos para o amanhã que não se conhece, se o presente, por si mesmo, constitui um grande desafio a ser superado.” (ALMEIDA, 2004, p. 02)
“...superar tais problemáticas com base em novos paradigmas e metodologias que lhe permitam identificar contribuições das TIC para transformar o seu fazer profissional.” (ALMEIDA, 2004, p. 02)
“A incorporação das TIC na escola vem se concretizando com maior frequência nas situações em que diretores e comunidade escolar se envolvem nas atividades como sujeitos do trabalho em realização, uma vez que o sucesso desta incorporação está diretamente relacionado com a mobilização de todo o pessoal escolar...” (ALMEIDA, 2004, p. 04)
“(...)Essa evolução levou à tomada de consciência da importância de incorporar as TIC à prática e ao contexto da sala de aula, bem como da necessidade de envolver os gestores nessas atividades, uma vez que, sem a participação dos gestores, as atividades se restringem a esparsas práticas em sala de aula.” (ALMEIDA, 2004, p. 05)
“Cada participante do ambiente (virtual de aprendizagem) compartilha valores, motivações, hábitos e práticas; torna-se receptor e emissor de informações, leitor, escritor e comunicador.” (ALMEIDA, 2004, p. 07)
“As interações nos fóruns e os relatos das experiências são registrados por escrito no ambiente virtual em uso, o que permite a qualquer momento recuperar as informações e subsidiar as discussões nos fóruns.” (ALMEIDA, 2004, p. 09)

 Comentários:
 
           É bastante pertinente a percepção de que para uma boa implementação das TIC faz-se necessária a participação de toda a comunidade escolar, bem como esse processo deve ser desencadeado pela figura do gestor.
           Não obstante a referida experiência ter sido relatada ainda em 2002, a realidade brasileira tem avançado muito lentamente, de tal forma que o texto parece relatar os dias atuais. Isso se dá tanto na formação dos profissionais da educação quanto na estrutura física.
 
Questionamentos:
 
            É inquestionável que boas iniciativas (como a citada no texto) são tomadas na educação brasileira. O que se há de questionar é a lentidão com que os processos de melhoria se desenvolvem...
           Se as políticas brasileiras de educação demoram tanto para alcançar os profissionais da educação, quanto tempo não se perderá até que se atenda o destinatário final: o educando?



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ATIVIDADE III: ESBOÇO DE PROJETO
 

Juvenilto Soares Nascimento
 

INTRODUÇÃO
 
Considerando as tensões por falta de articulação nas políticas de educação dos entes federativos, conforme denunciado por Dourado (2007), aumenta-se a responsabilidade daqueles que realmente estão comprometidos com a educação. Principalmente daqueles que percebem seu papel pedagógico de incluir as tecnologias de informação e comunicação ao sistema educacional no Brasil.
Assim, Pelo objetivo de tornar a tecnologia – nas mais diversas perspectivas – acessível e presente na vida da comunidade escolar, surge a necessidade de criar estratégias para que isso ocorra satisfatoriamente. Dessa forma, necessário é formular uma proposta que vise a democratização não apenas da tecnológica, como também da democratização da educação pela tecnologia.





 JUSTIFICATIVA
 
Este trabalho se justifica pela escassez de políticas no ambiente escolar condizentes com o avanço tecnológico. Urge, pois, a necessidade de uma intervenção no processo educacional a fim de alinhar a Educação à evolução tecnológica.

 
OBJETIVO GERAL:

Apontar direção e revelar estratégias para o início de um processo efetivo de implementação das TIC.


 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 
· Tornar efetiva a exploração das TIC no dia a dia da comunidade escolar.
· Maximizar o aproveitamento das diversas formas de tecnologia no fazer pedagógica da escola, através de uma mudança de cultura.
· Atender à demanda de uma gestão, onde a democracia seja fortalecida e aperfeiçoada no ambiente escolar.
· Criar/Resgatar a identidade de todos os segmentos da comunidade escolar com a Escola.

 
PROPOSIÇÕES
 
Visto que nenhuma instituição se move apenas por ordens – hoje mais do que nunca – faz-se necessário que a equipe gestora conquiste o envolvimento de toda a comunidade escolar nessa empreitada. (VIEIRA, 2004). Isso não é fácil, nem acontece em curto prazo. Por isso é importante que o gestor “viva” essa cultura, antes de todos. Bem mais importante do que apenas se preocupar em aparecer, é necessário que as atitudes do gestor reflitam uma gestão democrática, humanizada, e seriamente comprometida com a Educação e, portanto, com todas as personagens envolvidas.
Antes de conquistar a confiança de toda a comunidade escolar, é necessário que os professores sejam conquistados pelo exemplo da equipe gestora. Assim, não apenas ser comprometido com a Educação, mas também demonstrar que se preocupa com os profissionais não apenas como operários que estão prestando serviço. Eles devem saber que o gestor os valoriza como igual, que se preocupa com o bem deles. Isso é importante para que o gestor conquiste a atenção e consequentemente o apoio dos docentes. Faz-se importante ressaltar que isso nada tem a ver com abrir mão da autoridade, ou ser um “bonachão” incorrigível.
Ter esse tipo de apoio não ajudará se o gestor não conseguir transmitir com eficiência que se preocupa também com a aplicação das TIC no dia a dia da escola. O uso eficiente das TIC nas reuniões pedagógicas pode abrir portas para a boa exploração dos recursos tecnológicos também pelos professores.
Nesse caso, empenhar-se, por exemplo, em equipar uma sala onde um quadro digital possa ser instalado e as condições dessa sala sejam devidamente adaptadas pode ser uma boa maneira de demonstrar que está a frente no processo. Fácil também não é. Alguns gestores podem conseguir sucesso nesse tipo de desafio, outros não; como deixa entrever Moran. (2003).
Quanto ao processo de conquista de apoio da comunidade escolar, é importante que se promova uma redistribuição do poder pelos segmentos do Conselho Escolar, tornando-o verdadeiramente um órgão deliberativo na escola. Onde cada segmento tenha autonomia na participação, respeitada a política de promover uma educação de qualidade. Algo dessa ordem é citado por Moreira. (2000).
Nesse ambiente, a equipe gestora explorar a criação de um site que promova uma melhor comunicação entre a escola e a comunidade vem a ajudar. Já que fica muito alto o custo de uma Intranet, explorar recursos que os sites podem dar é uma boa pedida. É importante que o site prime pela formação, por prestação das mais diversas informações, e pela promoção da transparência na gestão. Essa transparência deve, naturalmente, prezar pela união da comunidade escolar bem como pela legalidade. Em outras palavras, o site deve também transmitir uma visão responsável em relação à educação – seu compromisso maior.
A busca por parcerias para a oferta de cursos – primeiramente para a equipe gestora e professores; em segundo momento, voltados à comunidade – não pode ser descartada. Os moldes desse tipo de curso podem ser discutidos com os professores, visando atender às suas necessidades. (ALMEIDA, 2002)

 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
Muito mais pode e deve ser feito na incorporação das TIC ao processo educacional. Assim como o tempo é o principal elemento para avaliar o que se fez, o processo é o melhor mestre para aqueles que decidiram se arriscar em uma jornada tão nobre. Será o processo que revelará as dificuldades a serem superadas. Apontará ainda as particularidades que cobrarão novas tomadas de decisões e, quem sabe, até o redirecionamento dos objetivos e das estratégias.



 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
ALMEIDA, M. Curso de tecnologias na escola. Série “Tecnologia e Educação: Novos tempos, outros rumos” – Programa Salto para o Futuro, Setembro, 2002.
 
AZEVEDO, Janete Maria Lins de. O projeto político-pedagógico no contexto da gestão escolar. Disponível em:
http://moodle.mec.gov.br/gile.php/8/Biblioteca/janete_azevedo.pdf

 
DOURADO, Luiz Fernandes. Políticas e gestão da educação básica no Brasil: limites e perspectivas. Educ. Soc., Campinas, vol. 28, nº 100. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br
 
MOREIRA, Antônio Flavio Barbosa. Propostas curriculares alternativas: limites e avanços. Educação e Sociedade, ano XXI, nº 73, Dezembro de 2000.
 
VIEIRA, Alexandre. Funções e papéis da tecnologia. Curso gestão escolar e tecnologias. São Paulo, PUC-SP, 2004.
 
VIEIRA, Alexandre (org.) Gestão educacional e tecnologia. São Paulo, Avercamp, 2003.

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