sábado, 6 de julho de 2013

Pelo menos mais sete anos de espera...




Dinheiro dos royalties para educação
só estará disponível em 2020

Como resposta para as manifestações que tomaram as ruas das principais cidades brasileiras, nas últimas semanas, a presidente Dilma voltou a reforçar a necessidade de se usar o dinheiro dos royalties

Publicado no CorreioWeb: http://www.correioweb.com.br/
Marcelo da Fonseca
Publicação: 06/07/2013 08:09 Atualização
 


A proposta apresentada pela presidente Dilma Rousseff de usar os recursos arrecadados com os royalties do petróleo para turbinar os investimentos na educação — o projeto aprovado esta semana, no Congresso, também destina 25% do montante para a área da saúde — pode demorar a surtir efeitos práticos para a maioria dos municípios. Apesar do grande volume arrecadado com a extração, e da expectativa de aumento da produção em novas áreas, a regra atual mantém cerca de 80% da riqueza nos estados produtores, casos do Rio de Janeiro, do Espírito Santo e de São Paulo, em menor escala. Apenas os contratos futuros representarão rendas extras para se investir na educação e na saúde nas outras unidades da Federação, pois a discussão sobre o mérito da lei aprovada, que torna a divisão mais equilibrada, está parada no Supremo Tribunal Federal (STF).

Os recursos devem começar a chegar somente a partir de 2020, uma vez que, entre a licitação de um novo poço até a extração do petróleo, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) estima um período médio de seis a sete anos. Como resposta para as manifestações que tomaram as ruas das principais cidades brasileiras, nas últimas semanas, a presidente Dilma voltou a reforçar a necessidade de se usar o dinheiro dos royalties e apontou a medida como um dos cinco pactos firmados com prefeitos e governadores.

No entanto, caso o montante a ser usado fique restrito aos poços licitados a partir de dezembro de 2012, o dinheiro para estados e municípios chegará a longo prazo. Isso porque as empresas que vencem as licitações têm um período de até três anos para realizar estudos técnicos nas regiões a serem exploradas, depois, há mais um período igual para a instalação das plataformas de extração. O líder do bloco governista no Senado, Wellington Dias (PT-PI), admite que a eficácia da proposta dependerá da votação no STF, mas considera um avanço a confirmação de que as verbas chegarão para prefeitos e governadores já carimbadas para áreas essenciais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário